terça-feira, 3 de setembro de 2013

"De cuba, só charuto."

Tudo começou com os médicos cubanos. Eles chegaram no país pra ajudar, prestar um favor, exercer a vocação deles. Logo na recepção foram vaiados e rejeitados, um pedaço da tão amada burguesia do país não queria aqueles caras. Onde já se viu isso, médico que não sabe falar português, médico que estudou em outro país, médico negro, médico cubano, não pode isso. De Cuba só se exporta charuto, médico não.

Vendo toda a irritabilidade das pessoas com o evento, a presidente percebeu que nos faltava educação também. Não só educação na forma de criar mão de obra qualificada pro mercado de trabalho, mas sim aquela boa e velha educação da qual nossos avós falavam. Respeitar os mais velhos, ser cortes, ser legal, ser gentil, ser um ser. Humano. Como de costume.

Vendo esse pequeno problema, essa pequena ruptura, ela decidiu então importar professores de Cuba. Só pro ensino básico, pra ensinar nossas crianças a respeitar e amar o próximo. Não que nossos professores não dessem conta de fazer isso, mas os de Cuba talvez fossem melhores.

Acontece que isso causou mais revolta e as pessoas (leia-se coxinhas, direitistas, classe-média) foram pras ruas. Estavam putinhas com essa invasão, essa afronta à nossa nação, esse ato repugnante por parte da presidente de colocar cubanos na educação. A própria polícia entrou em revolta e sendo assim, a presidente achou melhor importar polícias de Cuba pra defender os cubanos.

Os policiais cubanos por sua vez geraram revolta entre os políticos que começaram a criar leis para complicar a vida dos cubanos. Tentaram derrubar a presidente, dar um golpe e vendo que isso iria acabar acontecendo ela foi e importou políticos cubanos, depois importou um exército cubano também e no fim das contas importou a bandeira de cuba. Afinal de contas, não temos nem as matas do nosso verde, nem o ouro do amarelo, nem o azul do céu, nem paz, muito menos ordem e progresso.

Foi assim que Cuba se tornou a quinta maior potência o mundo, dominando o Brasil. Tudo porque a gente não quis dar ouvidos às "patricinhas sem educação" que chiaram quando os cubanos chegaram.
De cuba, minha gente, só charuto..