sexta-feira, 2 de julho de 2010

"Taipei? Isso é encrenca. Episódio especial."

Então, como eu prometi a três dias atrás eu vou falar do rolo que deu por eu ter "desaparecido" de casa no último final de semana.
Eu ando meio sem saco, criatividade, paciência, inspiração divina ou qualquer outra coisa que me motive a escrever. Na real eu acho que ando dormindo muito e toda a minha criatividade fica toda parada na biblioteca do Lucien e nessas horas eu fico puto com Morpheus mas tem problema não, sempre aparecem oportunidades como essa aqui...

Ontem a noite eu decidi vir pra Taipei com minha mãe, ela veio ver alguma coisa relacionada à negócios e eu entrei de gaiato no navio só pra ver onde o barranco ia desabar, desabou em mim.
Chegamos em Taipei meio dia, eu estava varado de fome e entrando em estado de zumbização.
Praqueles que não passaram mais de duzentas e treze horas ao meu lado e ainda não tiveram a oportunidade de ver isso eu explico o que é o estado de zumbização:
A partir do momento em que eu fico mais do que um certo tempo sem dormir o meu corpo passa a se auto-zumbizar e a me desobedecer, começa pelas pernas e vai subindo até chegar no cérebro e ai eu me transformo em um monstro psicológicamente amorfo e chato pra cacete, se o estado persiste por mais de duas horas eu entro em estado de êxtase supremo e ai começo a filosofar sobre Kant, LaVey, Aristóteles, Mephistóteles, Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Jhonas Brothers, Justin Bieber, Harry Potter e a existência não permitida de tropozóides no quadrilátero unilateral do mundo médio.

Como eu estava dizendo, o estado de zumbização estava no estágio inicial e nessas horas só duas coisas podem salvar o mundo de ser aterrorizado pela minha ira: Café ou Cama. Existe uma terceira opção, sexo, mas eu não costumo render direito quando estou zumbítico.
Fui pra primeira opção, entrei no bom e velho seven-eleven e comprei um cafézão gelado. A curto prazo resolve... Saímos da estação e fomos almoçar, comi um macarrãozinho maizomenos e estava feliz.
Mamãe falou que iríamos nos encontrar com uma amiga dela e depois ir resolver as questões dos negócios, balancei a minha cabecinha como quem diz: "Sim senhora."

Pegamos um táxi e ai eu vim parar nesse lugar aqui, eu apaguei no exato momento em que meu lindo traseiro tocou o assento confortável do táxi e só me lembro da minha mãe me acordando e dizendo: "DESCE MULEQUE!"
Desci e me deparei com uma imagem bem inusitada:
Um cara de cartola e fraque cinza, com um óculos igual aos que o Ozzy Osbourne usa, abrindo a porta do táxi enquanto, mas a frente, dois caras vestidos com aquela roupinha típica de macaco de circo/abridor de porta de hotel abriam a porta de um hotel para que eu, todo pomposo, pudesse entrar.

Agora imaginem a cena: Lucas Casasco, de jeans, camiseta branca, terno xadrez cinza e preto, um tênis branco e um óculos de sol pendurado no pescoço, com a mochila nas costas e o cabelo arrepiado com cara de mal entrando no hotel enquanto era recebido por uma mulher, que eu fui descobrir depois que era amiga da minha mãe, que me encaminhou ao elevador que subiu e me trouxe para esse andar aqui onde eu encontrei uma sala com várias mesas dispostas em fileira em frente a um telão, lembrou uma mini sala de aula. Quinze minutos depois entra um taiwanês, liga o projetor e começa a exibir diagramas e falar sobre várias maneiras de se ganhar dinheiro.
Como esse é um assunto que não me interessa - pra não dizer pra vocês que eu não entendo chinês - eu resolvi ligar o note e escreve algo pro Blog já que aqui tem internet...

E o rolo de Taipei? Eu procrastino mais um pouco e deixo pra falar dele amanhã... Mas ó, dessa vez eu prometo que falo.




Beijos beijos.
Lucas Casasco, um quase homem de negócios em Taiwan.