Chegamos em Kaohsiung pra fazer nada... Cara, foi a noite mais tosca parte dois...
Antes de entrarmos pros quartos eu já combinei com um amigo colombiano que eu trocaria de lugar com a namoradinha dele pra facilitar as coisas pra eles, acontece que as trocas foram um pouco mais complexas do que eu pensei...
Pensem comigo, eu sou a pessoa A, o colombiano e a namorada são o casal B e tem um casal C na história certo? Ok...
Existem três quartos, o meu e o do colombiano A, o quarto das partes femininas dos casais B e o quarto do outro macho que completa o outro casal C. Compreenderam?
Pois é, eu (A) fui pro quarto C, o colombiano foi pro quarto da namorada e o outro casal veio pro nosso quarto.
A -> C
B -> B
C -> A
Simples... O problema é que no quarto dos meninos o ar estava desligado e tinha um deles que roncava demoníacamente enquanto outro, o que ia dormir na mesma cama que eu, havia pego a coberta toda pra ele, além de um cheiro que misturava urina de rato com meia suja e cueca suada. Tava uma merda.
Pois é, fui pra lá dormir enquanto os casais faziam um sexozinho gostoso nos outros quartos, mas ta massa.
Metade da madrugada eu fiquei deitado de barriga pra cima com fones no ouvido ouvindo Evanescence e Djavan no ipod do Felipe... É, foi uma noite fossenta.Ai e
Ai eu estava lá e deu vontade de midjare e lá fui eu dar o meu midjon sagrado, apertei o interruptor - nota sobre Taiwan: Os interruptores ficam sempre pro lado de fora dos aposentos aqui em Taiwan e, penso eu, isso tem algo a ver com a colonização portuguesa por que lá é a mesma coisa - e ai eu ví que a luz não ligava.
Nessa fatídica hora me deu um click mental e eu percebi que o cartão de energia do quarto estava só meio enfiado, fui lá e carquei o bixo até o fim e pan! as luzes acenderam e o ar condicionado ligou, fiquei tão feliz que eu dei o meu mijão sagrado sorrindo feito criança que ganha presente novo e lá fui eu dormir.
E ai sim eu dormi na paz do budah totalmente, acordei às seis da manhã com um frio supra satânico e os lábios roxos e os dentes tremendo e resolvi ir pro meu quarto... Foi ai que o goiás partiu pro rio. Primeiro eu liguei no quarto, tocou, tocou, tocou e nada, re liguei, tocou duas vezes e alguém atendeu e deixou o telefone fora do gancho só de sacanagem.
Fiquei triputo e fui diretamene ao quarto com sangue no zóio a faca nos dente e o Zé Pilintra me guiando junto com todos os Exus e espíritos malevolentes que alí haviam.
Empreguinei meu dedo na campainha e ouvi o som retardado que o bregueço fazia, toquei de novo e de novo e de novo e comecei a metralhar a campainha enquanto deixava a ira tomar conta do meu corpo. Parei porque eu estava começando a sentir que eu acordaria o andar inteiro, o hotel inteiro, acordaria até aquele ex-nazista que mora no vaticano mas os caras do quarto eu não acordava nem fudendo.
Estressei e voltei pro quarto, deitei e fiquei lá esperando o sangue descer e eu acalmar, dormi de novo e só acordei às oito e pouco.
Fui lá e tomei meu cafézinho da manhã e já reagrupei com a galerinha pra ir sabia-se lá pra onde. Andamos um monte e chegamos em um restaurante típico taiwanes, horrível, onde almoçamos e ficamos caminhando na rua do restaurante pra comprar coisas inúteis.
Ai fomos pra uma fazenda de ostras para ver como se criavam ostras e comer ostras e eu odeio ostras e eu não como ostras mas tinha uma pimenta mexicana que foi trazida por um mexicano que é do mexico e eu aproveitei pra pegar a pimenta mexicana que é do mexico e colocar nas ostras que eu não como porque são ostras e eu não como ostras e comi.
Por que que eu comi as ostras? Porque ostras com pimenta mexicana é comestível. Comi só quatro e ai comecei a comer lichias porque não tinha mais o que fazer.
Agora estamos aqui no busão, eu digitando enquanto tem uma turma atrás de mim assistindo porno.
Olha gente, eu tentei reorganizar as idéias na cabeça mas não deu...
Ainda tem mais dois dias de vaigem sobre os quais eu teria que escrever mas eu não lembro o que aconteceu certinho, então eu paro por aqui. Esqueci de escrever durante esses dias e agora perdi as coisas.
Beijos beijos.
Lucas Casasco, um brasileiro em Taiwan.
