sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Starbucks e os alieníginas que lá residem."

A internet está zuando da minha cara então eu apelo pro bloco de notas como sempre...
Consegui abrir a caixa de e-mails! Mas mesmo assim eu vou escrever tudo por aqui e depois copiar pro blog, mais simples.
Eu estou em Hualien, grande novidade né? E se eu disser que é culpa o Rotary também não vai fazer a mínima diferença certo? Pois é.
Vim pra cá de carro dessa vez, com um amigo dos meus pais, estou aqui no starbucks e está tocando música brasileira de novo, vício desse povo. Tem umas gringas estranhas na minha frente, meio velhas, uns cinquentinha talvez mais, junto com elas tem duas crianças aparentemente taiwanesas. Estou começando a pensar que são um casal homossexual e essas crianças são suas crias...

E eu sou mais estranho ainda, sentado sozinho em uma mesa, batucando na coxa e digitando aqui no bloco de notas, estou tão pobre que nem grana prum frapuccino eu tenho hoje e o calor está insuportável de novo... Assim a vida fica foda.
Enquanto eu vinha eu fui atormentado por duas crianças taiwanesas muito chatas que ficavam gritando e chorando o tempo todo, uma delas dormiu no final da viagem e eu pude descansar em paz, essa é uma das vantegens de vir de trêm, ninguém te encomoda.

Eu estava no carro alegre e contente e pensando na minha vida, na mina infância e coisas do tipo, entre as coisas que se passaram na minha cabeça vieram cenas de quando eu era mais novo e de uma meia dúzia de brinquedos que eu tinha e que me deixavam bem feliz.
Pronto, chegou um gringo macho agora, talvez os três sejam irmãos. Talvez uma delas seja casada com ele e a outra seja a cunhada ou talvez eles não tenham nenhuma relação de parentesco. Pode ser também que sejam três alieníginas desfarçados de gringos e que estão esperando eu sair do Starbucks pra poderem sugar o meu cérebro com um canudo.
Voltando à parada dos brinquedos... Eu lembro que quando eu era mais novo, no natal ou aniversário - não sei ao certo. Nossa, começou a tocar Milton Nascimento! - eu ganhei um helicóptero amarelo, era de linha de brinquedos de resgate.
Ele tinha um bizilhão de coisas legais, a hélice de trás na verdade era um helicóptero menor e o trem de pouso traseiro virava um carro, em baixo da hélice da frente tinha uma cordinha com um gancho que servia para pindurar uma caixa branca que ficava na parte de trás que era onde você colocava o paciênte na maca, era cheio das coisas, era super divertido. Mas eu era criança e fui perdendo as peças com o tempo.
Eu lembro que tinha dois homenzinhos em miniatura que eram quase articulados, mechiam os braços e as pernas só, e eram bem pequenininhos.

Os gringos abriram um mapa aqui e estão caçando coisas, uma delas acabou de passar por mim pra ir no banheiro, continuo achando que são alieníginas sugadores de cérebro de Lucas Casascos.

Um dos homenzinhos foi devorado por uma das minhas cachorras - na época que eu ainda as tinha, eram duas a Pitchula e a Kate. Uma fugiu e a outra a gente deu. - e ficou todo disfigurado, coitado. Com o tempo eles foram sendo perdidos e perdidos e perdidos e no fim só sobrou o esqueleto do helicóptero, sem as hélices, sem nada. Só a carcaça. Eu queria saber se ainda tem pra vender dessas coisas, eu lembro que na caixa vinha umas imagens dos outros dois veículos. Um deles era um barco enorme cheio das firulas e o outro era um carro. Eu ficava louco com essas coisas, ficava não, ainda fico... Eu tenho dezessete mas as vezes acho que tenho doze ou menos.

Agora tem uma gringa andando atrás de mim, pra lá e pra cá. Acho que eu terei o meu cérebro devorado, estou ficando com medo!

Então kidos, a minha bateria vai durar mais dezoito minutos, preciso de uma tomada e o Guilherme ainda não chegou aqui no Starbucks...




Beijos beijos.
Lucas Casasco, um brasileiro em Taiwan.