sábado, 22 de maio de 2010

"Coisas Bizzarrézimas do dia-a-dia."

Cenas bizarrézimas do dia-a-dia.
Estavamos aqui em Hualien, a Alice havia acabado de comprar um celular novo e estavamos sentados na porta da loja, esperando o tempo passar quando de repente apareceu duas taiwanesas.
A priori elas passaram reto e nem repararam na nossa existência, pelo menos foi o que eu pensei quando elas passaram. O Guilherme muito sagaz comentou que uma delas estavam lhe comendo com os olhos e eu, naturalmente, nem dei moral.
Foi ai que a coisa ficou sinistra, estávamos sentados alí na paz e elas voltaram, na verdade voltou só uma das duas, a mais bonitinha. Ela sismou que queria uma foto com o nosso amigo gaúcho de um metro e oitenta e cinco porque ele era mais alto, mais cabeludo e mais picudo do que eu.
Ele, como todo bom ser humano discipúlo do nerdiosexualismo não se ligou muito no que estava acontecendo e disse que não levantaria pra tirar a foto. Eu, claro dei um tapa na coxa dele e mandei a taioca sentar alí e tirar a foto no colo da criança.
Ai sim, fomos supreendidos novamente pois a taioca simplesmente agarrou esse gazebo de beleza descomunal e lhe deu um incrível cola-beiço que foi seguido de um enrosca-língua. Resumo de lá estorita, o Guizito Master, o grande Gaúcho tomador de chimarrão e comedor de tchurásco pegou, agarrou, chupou a boca, beijou, beiçou, ficou com, scramunhou uma taiwanesa no meio da rua. NO MEIO DA RUA, na calçada, do nada!
Gente, compreendam que a coisa aqui é meio sinistra, taiwanesas não costumam nos atacar assim e nessas horas eu me pergunto, por que que essas merdas não acontecem comigo ó senhor Deus?
O Guilherme diz que é porque eu sou um pagão profano demoníaco e satánico e por isso a luz divina do santo senhor não está comigo porém ele me disse que me ensinará uma técnica gaúchesca de pegar las mujeres.
Se Deus quiser, quando eu voltar ao Brasil eu serei então um incrível pegador master do santo senhor da luz divina, um título que só é dado aos pupilos do grande mestre Níveo Escher que concluem o estudo na área da pegação feminina.

Então, continuando aqui as coisas sobre um dia sinistro em Hualien, estamos em uma loja de roupas femininas comprando roupas, óbvio. Na verdade, eu estou sentadinho na minha, com o note no colo escrevendo enquanto a Alice está no provador, o Paul tenta tirar foto da calcinha de uma Taiwanesa, a Maria tambem troca de roupa, e o Guilherme reclama da vida e comenta sobre qual sinistro foi o ocorrido de meia hora atrás.
Daqui eu nem sei pra onde a gente vai, eu e o Guilherme já compramos as nossas roupinhas e tudo está em paz, estamos só esperando essas gurias terminarem suas compras pra podermos voltar pra casa.
Já estou ficando feliz de novo, comprei umas camisetas ontem, comprei outras camisetas hoje e ta ótimo. Fazia um tempo já que eu não comprava roupas, santa terapia.
Pelos nossos planos nós temos que estar na casa de uma das taizinhas do Rotary para cantar aquela maldita música que nós tanto odiamos "The moon represents my heart" que em chinês é algo próximo à: Yue Lian Tai Piao Wo De Xin.
A música é horrivel mas é um clássico taiwanês e somos obrigados a canta-la em todas as apresentações do Rotary, já enjuamos disso aqui já.

Chegamos na casa da véia, são oito e alguma coisa, era pra estarmos aqui às sete mas tem problema não.
A tiazinha do Rotary está tentando reexplicar como que canta essa música, já é a trigézima séptézima sentotézima vez que a gente tenta.
Pra vocês terem noção de como a música já está pregada na minha cabeça, eu estou escrevendo e cantando ao mesmo tempo. Incrível não?
Pois é...
Agora a pouco aconteceu algo meio sinistro, uma barata causou maior tumulto por aqui. Ela pousou no ombro do Guilherme e ele jogou ela pra Maria que saiu pulando e gritando, de repente a barata saiu vaondo pro lugar onde estavam os bolos que nós iriamos comer e todo mundo se mobilizou para tentar evitar que ela chegasse.
É claro que uma barata é bem mais experta do que oito intercambistas e acabou conseguindo chegar lá, foi ai que a Alice que até então estava quieta se levantou e foi espancar a barata afinal de contas ninguém, NINGUÉM tem o direito de mecher na comida da Alice. Fiquei com dó da barata, a bixinha ficou desfigurada e destronchada lá jogada no chão.
Por enquanto não aconteceu mais nada de muito estranho, são oito e vinte e dois da noite.




Beijos, beijos.
Lucas Casasco, um brasileiro em Taiwan.