"Mães..."

O que está em cinza sou eu, o que está em preto é alguém... De séculos atrás. E sim, de fato ele é chorão pra caralho. Já presenciei essa cena algumas vezes.
É só um diálogo de dias das mães. Eu não acho que eu precise escrever mais nada além disso ai, já da pra vocês entenderem a coisa.


Nós fomos embora, vivemos longe das velhas a ponto de não termos a opção voltar pra casa à cada final de semana ou feriado, estamos aprendendo a andar, de alguma maneira, por nós mesmos. Não preciso dizer toda aquela babozeira de valorização e todo aquele blablabla de mamãe eu te amo, não faz muita diferença isso. Ela sabe que eu a amo independentemente das nossas discussões politico-filosóficas e das linhas de pensamento um tanto quanto diferentes.


"É foda cara, todo feriado de dia das mães eu fico igual a uma menininha de tpm. E eu já sou chorão pra caralho. "


"Aqsdfgyhujik. É tenso bicho, é tenso."


"Dsklgjaskdgjasdg é uma merda bicho..."


"É complicado quando tudo o que se pode fazer é uma ligação. E que não vai adiantar de nada."


"É..."


"É, triste, é triste... Mas é a vida... E, infelizmente - ou felizmente - a gente tem que passar por isso. Vai ser assim pra sempre, já faz 3 anos."


"5 anos já cara."


"É... Você começou mais cedo, eu sai em 2009... Quatro anos."


"Passa muito rápido. Já faz 5 anos que saí de TL. Cara, tava pensando, sai com 14 anos cara, foi muita burrice..."



"É nada parceiro, as vezes a gente tem que acelerar as coisas, catalizar as coisas... É um crescimento forçado, mas é um crescimento, se você tivesse ficado em tl você acha que seria melhor?"


"Nah, mas teria sido mais fácil. Falei com meu pai esses dias, ele não entende porque eu não quis ficar em TL, na vida boa, ele pagaria qualquer coisa pra mim, é estranho essa diferença na cabeça... E tu cara, sua mãe é de boas, seu pai?"


"Sim, são. É aquela história, eles me criaram pra isso. Desde cedo eles jogavam pra mim que eu teria que ir embora, que eu era do mundo e não deles. Liberdade à quase todo custo."