Oi de novo criançada... Voltei. Esse final de semana a coisa foi trilouca de legal, onde eu estava mesmo?
A tá, depois das reclamações contra o Rotary as palestras recomeçaram, no meio tempo entre uma reclamação e outra eu estava passando jogos pra um amigo meu pela rede wiereless do hotel, acontece que a transferência estava ridicularmente lenta e de repente apareceu um cavaleiro em sua armadura de batalha, brilhando e caminhando com uma espada reluzente na mão e nos ajudou a derrubar aquele demônio que estava nos atrapalhando...
É, não foi bem assim... O que aconteceu foi o seguinte, de repente o Guilherme se virou pra gente e falou: "Bah tchê, má eu to ouvindo vocês falando ai que a coisa está lenta tchê! Pega aqui meu hd portátil e transfere isso ai tchê."
Ai a coisa ficou legal, o serviço que demoraria três horas pra ser concluído foi feito em menos de trinta minutos. Acontece que minha bateria estava acabando e eu tive que caçar uma tomada, achei uma no fundo do salão de conferência. Me sentei no chão com meu note no colo e as costas apoiadas na parde, fiquei lá alone in the dark até que o cara pra quem eu iria passar os jogos apareceu e falou que a bateria dele estava acabando também e conectou o note no outro plug que tinha alí.
Depois apareceu o Gaúcho, o Felipe e um outro cara que, desculpa ai manolow, eu esqueci o nome. Ficamos lá na paz do budah conversando e dando risada até que eu tive vontade de sair pra dar um mijão. Entre a saída do salão e o banheiro quem eu encontro?
Vou dar diquinhas para vocêzinhos sobre as qualidadezinhas dela. Loira, pequena, da vóz finamente fina, bonitinha e gente boa. A canadense djow! Alí, parada com o cabelo loiro brilhando ao sol que entrava por uma das enormes janelas de vidro que haviam na área de fora do salão de conferências, a cena era bonita, bonita mesmo.
Vou dizer o quão bonita a cena era com poucas palavras. Eu havia saído do salão de conferências pra mijar e depois que eu ví ela eu desisiti de mijar. Imaginem a beleza da coisa pra ter um efeito assim no Lucas. Claro que, com aquele cabelo loiramente loiro que chama atenção, eu já a havia visto naquele dia mas não rolou a boa e velha oportunidade de chegar pra dar um oi. Coisa que foi feita naquele exato momento.
Dalí pra frente os próximos quarenta minutos eu passei ao lado dela sentado no chão enquanto um dos meninos usava o meu note e outros dois conversavam sobre sei lá o que. A gente ficou lá conversando, até porque os lugar estava apinhado de rotarianos que se vissem qualquer movimento além de uma conversa com certeza pensaria torto.
Acabaram os discursos chatos e o povo começou a ser chamado pra se preparar para as apresentações. Cada turma faria algo diferente, houve dança, batucada, canto, cover da Lady Gaga em chinês e mais uma meia dúzia de coisas.
Primeira apresentação foi o cover da Lady Gaga, já falei pra vocês do Steven né? Ele é um californiano gay de talento incalculável, caso eu ainda não tenha escrito um post sobre a minha admiração pelos homossexuais podem esperar que um dia eu farei. E não, eu não sou gay.
O cara pegou e fez uma puta de uma coreografia, além de traduzir a Paparazzi pro chinês e gravar e mixar a música com outra música. Detalhe que ele cantava e dançava e ainda comandava os resto do povo que dançava com ele, reza a lenda que eles estavam ensaiando a meses e eu acredito nisso. A coisa foi muito bem feito, tanto as meninas quanto os meninos estão de parabéns.
Depois deles entramos nós, a turma demoníacamente desunida e amaldiçoada de Hualien. Arranjaram uns microfones pras meninas e uma delas sozinha levou a música quase que por inteira, fez bem feito. Eu fiquei alí no backing vocal e no fim da coisa eu acabei por tentar, sem suceço, animar o povo. Consegui uma meia dúzia de gente batendo palma e outra meia dúzia com os bracinhos pra cima. Tava ótimo.
Logo depois de nós veio uma turma dançando uma música que é um puta sucesso aqui em Taiwan dançaram bem também, tudo encaixado e tals.
De repente entra uma pá de gente com uniformes escolares, dois deles com um tambor e o resto todo com pratos de metal. E ai o batuque começou, no meio da batucada uma taiwanesa começou a tocar um instrumento com o som que se parece com a gaita escôcesa. Nem preciso comentar que eu imaginei aquilo ali tudo se juntando ao som de uma guitarra distorcida e um vocal bem cantado mandando histórias mitológicas sobre a china, criando assim o Taiwan Folk Metal.
Veio então uma turma fazer caligrafia enquanto outra taiwanesa tocava um instrumento - que eu quero desisperadamente descobrir o nome - de cordas, ele tem quatro cordas e fica em pé no colo da pessoa. O som é muito lindo além do fato de que ele é tocado com todos os dedos em movimentos que fazem com que várias vezes as cordas soem bem rápidas. É muito show.
E é nessas horas que eu penso que isso ai, junto com as vocalistas de ópera chinesa mais os tambores e as flautas estranhas dariam ótimas bandas de folk metal taiwanês.
Foi ai que começou a apresentação que, na minha humilde opinião, foi a melhor delas. Uma turma que só tinha meninos resolveram fazer uma dança bem diferente. Eles pegaram as fantasias dos budas que se parecem com aqueles bonecos de olinda, subiram no palco e dançaram um mix de um sucesso pop romântico taiwanes com YMCA e uma batida muito louca. Criaram então a Taiwan Gods Eltro Dance.
O foda disso não é nem dançar e sim dançar com toda aquela parafernalha em cima do corpo, tentem se imaginar entrando fazendo um moonwalk com um boneco de olinda em cima de sí, ou fazer passos onde você tem que pular e cruzar as pernas e coisas do tipo com esse treco pesando em cima de você. Rolou de tudo na dança dos caras, um deles entrou dançando uma espécie de rebolation - não o do parangolé, o rebolation "original" - depois veio outro maluco pulando feito uma bixa, entrou um cara mandando um moon walk seguido de uma dança robozística e na fila já veio outro embalando a incrível dança do sirí, o último cara entrou meio pulando, meio andando.
Faltou a gloriosa dança do grilo pro negócio ficar realmente muito bom.
Ai acabou, todo mundo se juntou, eu subi nas costas do Ian e saimos andando com a bandeira do Brasil. Depois cada um achou o seu hospedeiro taiwanes e lá fomos nós para as "nossas" casas dormir.