Caralho, nem sei o que falar... Na verdade sei, mas não sei... Sabe quando você quer falar sobre várias coisas ao mesmo tempo sem ter que se aprofundar em nada? Então, to nessa onda hoje.
Poderia começar falando sobre o meu atual desispero, hoje eu (dia dezessete) eu vou fazer um discurso para trezentas e tantas pessoas, em chinês. Ai eu podia mudar de assunto pra falar sobre as eleições no Brasil, ou sobre a Copa do Mundo, poderia falar sobre o meu medo de que o curíntcha ganhe a libertadores ou falar sobre as notícias violêntas que me fizeram quase chorar ontem a noite. Poderia falar que eu me sinto no paraíso de vez em quando em saber que aqui o tempo quase não anda, as preocupações são quase mínimas e que agora eu começo a sentir que essa calma vai se esvaindo com o tempo e a ansiedade vai tomando conta, poderia falar - de novo - sobre o fato de que logo em breve eu estarei de volta pra poder abraçar todo mundo e beijar uma meia dúzia de pessoas, comer um nhoque, tomar uma coca-cola, tomar um téra e contar as poucas histórias que eu tenho pra contar sobre essa ilha aqui. Sim, são poucas histórias, quem acompanha o blog (além do meu pai e da minha mãe) sabe que a minha vida não é lá um poço de atividades.
Mas acho que não vou falar sobre nada disso, cinema? Talvez. Música? Não...
Acho que por hoje eu não vou falar nada, acho que vou ficar aqui quietinho fazendo o que eu faço de melhor, pensando, imaginando.
Amanhã eu venho falar sobre como foi o meu discurso e aproveito pra falar que não é só a porta da escola que tenta me matar, a escada do Rotary também está na briga. Acho que essa ilha me odeia.
Então, é isso ai.
Beijos beijos.
Lucas Casasco, um brasileiro em Taiwan.
Um trecho de uma música do Lenine só pra aumentar o post: "[...]A onda ainda quebra na praia, espuma se misturam com o vento. No dia em que ôce foi embora eu fiquei sentindo saudades do que não foi, lembrando até do que eu não viví, pensando em nós dois [...]
[...]No dia em que ôce sozinho olhando o sol morrer, por entre as ruínas de Santa Cruz, lembrando nós dois.[...]
[...]A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos, por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas, pois no dia em que ôce foi embora eu fiquei sozinho no mundo sem ter ninguém. O último homem no dia em que o sol morreu. [...]
O Último Pôr do Sol - Lenine (Versão do acústico MTV é mais bonita.)