Eu estou em Taipei, na verdade não é em Taipei Taipei, é em uma cidadezinha próxima mas que você pode chamar de Taipei, é igual a Grande São Paulo e São Paulo São Paulo,
uma coisa abrange a outra e por ai vai.
Que que eu estou fazendo acordado a essa hora? Hmm, simples, crise de insonia pelo 4º dia essa semana, isso resulta em stress e cansaço durante o dia. Por aqui não tem café.
Eu acabei de ler Maus, o primeiro e o segundo e vocês com certeza nem sabem o que é isso. São quadrinhos, claro quadrinhos. Porque não?
De muito tempo eu cultivo essa curiosidade por quadrinhos, desde a época que eu me divertia lendo Turma da Mônica e Tio Patinhas.
Mas a gente cresce e procura outras coisas, aos poucas vai encarando o Universo Marvel e o DC e você pode acreditar, Justice League, Avengers, New Avengers, Batman e tudo o mais
não são nem de longe histórias pra crianças. Se vocês lessem mais quadrinhos e perdessem menos tempo com novela das 8 vocês talvez me entenderiam.
Mas vamos voltar ao Maus. Maus é um quadrinho que trata sobre o nazismo, a história é ótima, muito bem escrita e eximiamente desenhada, confesso que me peguei
chorando umas 3 vezes e rindo umas outras tantas. As comparações feitas nos desenhos, o método com o qual o escritor apresenta os personagens é tudo muito bom.
Ele consegue passar a emoção pelos desenhos e eu vou dizer pra você que eu me emocionei 10x mais com o Maus do que com O Menino do Pijama Listrado que é um ótimo livro sobre o mesmo tema
ou até mesmo o filme A Vida é Bela que também trata sobre o nazismo e o sofrimento dos Judeus.
O Menino do Pijama Listrado é legal porque o angulo de visão é diferente, o autor te faz ver o nazismo aos olhos de um alemãozinho de 8 anos, ou seja você ve a monstruosidade pelos olhos de uma criança inocente
que nem sabe pronunciar Auschwitz direito, é legal.
O Maus fala de um sobrevivente que no caso é o pai do escritor, tudo no livro é real, ou pelo menos eles dizem ser e se for é realmente chocante.
É obvio que não é nada que já não saibamos. E ele retorna àquela história de jogar gas, bater, deixar passar fome, dar de comida pros cães e tudo o mais.
Mas o fato de ser quadrinho faz com que seja criado um ar místico em volta da história, é diferente.
O porque de eu estar fazendo essa resenha? A é fácil. Acho que o mundo seria melhor se todos lessem quadrinhos. Quadrinhos, não mangás...
O preconceito por mangá tem explicação e vai ser minha tese de mestrado quando eu for mestrar em psicopedagogia. Eu pretendo ainda elaborar uma tese provando
que os mangás e os animes deixam as crianças retardadas. E Poke, não reclama não porque você conhece meu ponto de vista.
Eu sei que existem ótimos animes e mangás por ai com ótimas histórias. É o caso do Full Metal Alchemist, do Le Chevaler Deon que tem nome francês mas é anime
o tal do Death Note e claro o Cavaleiros do Zodiaco. Eles eu até respeito, mas não me venha falar de Naruto, Bleach e toda essa porcaria que é jogada diariamente
pras nossas crianças assistirem.
Mas o real motivo disso tudo estar sendo escrito é porque eu não tinha o que escrever a minha "inspiração" veio em cima disso, resolvi falar de quadrinhos
afinal é melhor falar de algo do que deixar o blog mais sei lá quantos dias sem nada. E vocês devem estar se perguntando: Mas você não está em Taipei seu retardado?
É, estou, mas não existem novidades importantes por aqui não, não por enquanto.
Mas amanhã eu falo sobre isso.
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Lucas Casasco.
Um Brasileiro em Taiwan.