"Enquanto o sol e os barulhos do vento o despertavam, na estação chegava um trem que trazia um ser alto, com um nariz pontiagudo e cabelo espetado, como se usava na época. E nesse mesmo momento uma menina, do outro lado da cidade, entrava no carro de uma amiga e seguia em direção à cidade vizinha."
.
.
.
.
Era sábado, era cedo e minha host gritava: "Lucashi! Wake Up! Wake Up, Di is coming. I'll pick she, he, hmm, he, at the station." e lá foi ela pegar o gaúcho que acabava de chegar na incrível cidade de Yuli pra passar o final de semana. Eu na hora me perguntei: "Por que que ele veio pra esse cu de mundo, senhor Gezuis? Por que?" mas tudo bem, isso não interessa, ele vinha e já era alguma coisa, ao que parecia seria um belo final de semana tedioso em Yuli onde eu, ele e Alice tomaríamos sorvete no Seven Eleven e sairíamos pra ver roupas ou passear de bicicleta, ledo engano.
Quando ele chegou eu tinha acabado de acordar e estava no banheiro tomando uma ducha pra despertar, a host subiu chamando e eu sai do banheiro, sem problemas. Acho que já era meio dia ou uma da tarde, não sei, só sei que era horário de almoço e ela perguntou se eu queria comer, praqueles que me conhecem eu não como nada logo quando acordo, mas só faz um mês que eu estou aqui então eu perdoo ela pela pergunta, sem problemas, respondi educadamente que nada queria e desci a escada pra dar oi pro Guilherme e colocar o papo em dia, liguei o pc e coloquei alguma coisa eletrônica pra tocar, caso o silencio ocorresse a musica não deixaria o astral cair. Como sempre, em meio aos papos, ele falava do amor da vida dele, a sua nova paixão que todos os intercambiarios sabem quem é mas preferem não comentar e não serei diferente. Prefiro não comentar.
Lá pelas duas horas da tarde, mais ou menos, a fome bateu e nós fomos ao Seven Eleven comer cachorro quente. É uma puta sacanagem isso, é muita obscenidade.
Existem umas estufinhas no Seven Eleven, onde ficam as salsichas do cachorro-quente e os taiwaneses, por serem fanáticos por basquete, acharam que seria legal usar alguns dos grandes jogadores americanos como garotos propaganda da salsicha do cachorro-quente do Seven Eleven.
Eis que você chega lá e tem três tipos de salsicha a do Kobe Bryant, a do Shakir O'neal e a de outro jogador de basquete negro, que com certeza é pirocudo. Poxa, não é nada apetitoso fazer essa relação entre salsicha e negro americano jogador de basquete, nada contra negros, nada contra americanos e nada contra basquete, mas pensem: A salsicha é, querendo ou não, um objeto fálico, olha o formato daquilo, é uma obscenidade muito descarada, na hora eu pensei: "Não vou colocar a salsicha do Kobe Bryant na boca. No way!" e parti para algo mais apetitoso, optei pela boa e velha Pringless, mas ai eu parei e pensei: "Isso não vai me encher" detalhe que, enquanto eu pensava sobre o que comer, o gaúcho enchia a mão pra pegar as salsichas la no bagulhinho de salsichas, mas voltando ao meu pensamento: "Essas batatas não vão encher, pelo jeito vai de Shakir O'neal mesmo." e foi né.
O cachorro-quente tava bom, com direito a duzentos tipos de molhos diferente e uma coca-cola seiscentos, enchi a pança com dois deles e saímos do 7-11.
"Bá, que que nós vamos fazer agora compadre? Ir ao CTG dançar catira e tomar chimarrão?" eu perguntei pro gaúcho pra encher o saco dele e ouvi-lo dizer que não, ele queria ir dar uma volta no centro da cidade pra ver como é, e fomos.
Observamos o centro monstruoso de Yuli, que tem uma rua só, e voltamos pra casa, tudo isso a pé e de baixo de uns pingos finos de uma chuva finamente fina que caia de forma inconstante, tão inconstante quanto o meu amor por sorvete de manga. Mas tudo bem, voltamos pra casa e, mal chegamos, meu host pai disse que era pra pegarmos as bikes e ir dar uma volta, lá fomos nós. Os bons bons km, da minha casa até as Hot Springs de Yuli, na volta eu aproveitei o embalo e falei pro gaúcho ir comigo até a escola pra eu mostrar o boteco onde eu estudo. Mostrei a escola, demos uma outra volta pela cidade, paramos em outro Seven Eleven pra tomar um lanche da tarde, que foi outro Kobe Bryant, só que dessa vez sem molhos estranhos, e ficamos lá conversando sobre RPG, MMO e outros jogos, papo de nerd saca? Voltamos pra minha casa lá pelas seis e meia e minha host falou: "Pega isso e isso" e deu dois shorts de banho, um pra mim e um pra ele e já emendou: "Tamo indo pras Hot Springs, bora, bora, bora! Rapido!"
De carro pra lá é bem mais rápido do que de bike, chegamos e ela perguntou: "Que horas eu volto pra buscar vocês?" eu respondi que nove tava ótimo e entramos no Hotel.
Trocar roupa, tomar ducha, entrar na água quente, receber hidromassagem, falar asneira, é bem esse o resumo do que ocorreu lá.
Mais ou menos nove horas eu virei e falei: "Vambora gaúcho, ela já deve ta ai esperando a gente" dito e feito, até sairmos da piscina e trocar de roupa já eram nove e quinze e quando saímos do hotel ela estava lá com aquela cara de brava apontando pro pulso e me falando que eu tinha dito nove horas.
Voltamos pra casa e fomos pro pc, ficamos a madruga toda jogando qualquer coisa, conversando e ouvindo Gui Boratto.
.
Vamos falar sobre a minha madrugada. Até as três e pouco da manhã estava tudo correndo bem, o Gaúcho estava acordado e eu estava ouvindo musica, lá pelas três e alguma coisa ele foi dormir, mas eu fiquei, estava sem sono ainda, quer dizer, dizia estar. Na real, o papo tava muito bom entre eu e a Maressa, então eu nem ia dormir.
Belezinha, das três às cinco a coisa foi ficando critica, o sono foi apertando e a Maressa saiu, mas eu me mantive on e eu nem vou dizer o motivo. No começo da manha meu corpo já estava dizendo não ao computador e eu fui dormir, mas não sem antes me ocorrer o pensamento: "To jogando minha saúde no lixo, não só a saúde como o meu próprio intercambio, já que se eu vou dormir tarde eu acordo tarde e fico sem sono e vou dormir tarde de novo e o ciclo vai se repetindo fazendo com que eu falte aulas de manha e vá pras aulas de chinês totalmente trelado de sono."
Então, eh o seguinte, daqui pra frente, se quiser falar com o Lucas, vai ter que ter hora marcada!
Risos!
É mais ou menos por ai, não estou afim de ferrar a minha pouca saúde e o meu belo intercambio só pra ficar online na net pra conversar com pessoas as quais eu já conversei bastante nos últimos 16 anos.
Portanto, vamos estabelecer horários aqui nos quais vocês facilmente me encontrarão online.
.
De segunda à quinta feira no período da noite aqui, que é manha ai, estarei on mais ou menos entre as cinco e às sete e depois entre as nove e às dez, talvez menos, talvez mais.
Nas quartas de manhã, talvez eu fique on no período que vai das sete ao meio dia, das oito à uma de terça dai.
Na sexta eu vou estender o período pras duas da manha, acho que é ótimo, dessa forma ainda dá pra dormir até as dez e cumprir minhas oito horas de sono, o mesmo vale pro sábado.
Domingo eu fico on até as dez, onze no máximo.
.
Lembrem-se que essas são as horas daqui de Taiwan, pra saber a hora ai do Brasil é só subtrair doze horas. Tecnicamente é o oposto, agora com horário de verão é o oposto +1.
Por aqui serem doze horas a mais, a minha noite de segunda, por exemplo, é a manhã de segunda dai e minha manhã de terça é a noite de segunda dai, as tarde são as madrugadas e por ai vai.
Se você é ruim de conta o azar eh só seu, aqueles com quem eu me interesso em conversar, família e uma seleta meia duzia de amigos com certeza me acharão.
.
.
.
.
Beijos beijos.
Lucas Casasco, Um Brasileiro em Taiwan.
Quando ele chegou eu tinha acabado de acordar e estava no banheiro tomando uma ducha pra despertar, a host subiu chamando e eu sai do banheiro, sem problemas. Acho que já era meio dia ou uma da tarde, não sei, só sei que era horário de almoço e ela perguntou se eu queria comer, praqueles que me conhecem eu não como nada logo quando acordo, mas só faz um mês que eu estou aqui então eu perdoo ela pela pergunta, sem problemas, respondi educadamente que nada queria e desci a escada pra dar oi pro Guilherme e colocar o papo em dia, liguei o pc e coloquei alguma coisa eletrônica pra tocar, caso o silencio ocorresse a musica não deixaria o astral cair. Como sempre, em meio aos papos, ele falava do amor da vida dele, a sua nova paixão que todos os intercambiarios sabem quem é mas preferem não comentar e não serei diferente. Prefiro não comentar.
Lá pelas duas horas da tarde, mais ou menos, a fome bateu e nós fomos ao Seven Eleven comer cachorro quente. É uma puta sacanagem isso, é muita obscenidade.
Existem umas estufinhas no Seven Eleven, onde ficam as salsichas do cachorro-quente e os taiwaneses, por serem fanáticos por basquete, acharam que seria legal usar alguns dos grandes jogadores americanos como garotos propaganda da salsicha do cachorro-quente do Seven Eleven.
Eis que você chega lá e tem três tipos de salsicha a do Kobe Bryant, a do Shakir O'neal e a de outro jogador de basquete negro, que com certeza é pirocudo. Poxa, não é nada apetitoso fazer essa relação entre salsicha e negro americano jogador de basquete, nada contra negros, nada contra americanos e nada contra basquete, mas pensem: A salsicha é, querendo ou não, um objeto fálico, olha o formato daquilo, é uma obscenidade muito descarada, na hora eu pensei: "Não vou colocar a salsicha do Kobe Bryant na boca. No way!" e parti para algo mais apetitoso, optei pela boa e velha Pringless, mas ai eu parei e pensei: "Isso não vai me encher" detalhe que, enquanto eu pensava sobre o que comer, o gaúcho enchia a mão pra pegar as salsichas la no bagulhinho de salsichas, mas voltando ao meu pensamento: "Essas batatas não vão encher, pelo jeito vai de Shakir O'neal mesmo." e foi né.
O cachorro-quente tava bom, com direito a duzentos tipos de molhos diferente e uma coca-cola seiscentos, enchi a pança com dois deles e saímos do 7-11.
"Bá, que que nós vamos fazer agora compadre? Ir ao CTG dançar catira e tomar chimarrão?" eu perguntei pro gaúcho pra encher o saco dele e ouvi-lo dizer que não, ele queria ir dar uma volta no centro da cidade pra ver como é, e fomos.
Observamos o centro monstruoso de Yuli, que tem uma rua só, e voltamos pra casa, tudo isso a pé e de baixo de uns pingos finos de uma chuva finamente fina que caia de forma inconstante, tão inconstante quanto o meu amor por sorvete de manga. Mas tudo bem, voltamos pra casa e, mal chegamos, meu host pai disse que era pra pegarmos as bikes e ir dar uma volta, lá fomos nós. Os bons bons km, da minha casa até as Hot Springs de Yuli, na volta eu aproveitei o embalo e falei pro gaúcho ir comigo até a escola pra eu mostrar o boteco onde eu estudo. Mostrei a escola, demos uma outra volta pela cidade, paramos em outro Seven Eleven pra tomar um lanche da tarde, que foi outro Kobe Bryant, só que dessa vez sem molhos estranhos, e ficamos lá conversando sobre RPG, MMO e outros jogos, papo de nerd saca? Voltamos pra minha casa lá pelas seis e meia e minha host falou: "Pega isso e isso" e deu dois shorts de banho, um pra mim e um pra ele e já emendou: "Tamo indo pras Hot Springs, bora, bora, bora! Rapido!"
De carro pra lá é bem mais rápido do que de bike, chegamos e ela perguntou: "Que horas eu volto pra buscar vocês?" eu respondi que nove tava ótimo e entramos no Hotel.
Trocar roupa, tomar ducha, entrar na água quente, receber hidromassagem, falar asneira, é bem esse o resumo do que ocorreu lá.
Mais ou menos nove horas eu virei e falei: "Vambora gaúcho, ela já deve ta ai esperando a gente" dito e feito, até sairmos da piscina e trocar de roupa já eram nove e quinze e quando saímos do hotel ela estava lá com aquela cara de brava apontando pro pulso e me falando que eu tinha dito nove horas.
Voltamos pra casa e fomos pro pc, ficamos a madruga toda jogando qualquer coisa, conversando e ouvindo Gui Boratto.
.
Vamos falar sobre a minha madrugada. Até as três e pouco da manhã estava tudo correndo bem, o Gaúcho estava acordado e eu estava ouvindo musica, lá pelas três e alguma coisa ele foi dormir, mas eu fiquei, estava sem sono ainda, quer dizer, dizia estar. Na real, o papo tava muito bom entre eu e a Maressa, então eu nem ia dormir.
Belezinha, das três às cinco a coisa foi ficando critica, o sono foi apertando e a Maressa saiu, mas eu me mantive on e eu nem vou dizer o motivo. No começo da manha meu corpo já estava dizendo não ao computador e eu fui dormir, mas não sem antes me ocorrer o pensamento: "To jogando minha saúde no lixo, não só a saúde como o meu próprio intercambio, já que se eu vou dormir tarde eu acordo tarde e fico sem sono e vou dormir tarde de novo e o ciclo vai se repetindo fazendo com que eu falte aulas de manha e vá pras aulas de chinês totalmente trelado de sono."
Então, eh o seguinte, daqui pra frente, se quiser falar com o Lucas, vai ter que ter hora marcada!
Risos!
É mais ou menos por ai, não estou afim de ferrar a minha pouca saúde e o meu belo intercambio só pra ficar online na net pra conversar com pessoas as quais eu já conversei bastante nos últimos 16 anos.
Portanto, vamos estabelecer horários aqui nos quais vocês facilmente me encontrarão online.
.
De segunda à quinta feira no período da noite aqui, que é manha ai, estarei on mais ou menos entre as cinco e às sete e depois entre as nove e às dez, talvez menos, talvez mais.
Nas quartas de manhã, talvez eu fique on no período que vai das sete ao meio dia, das oito à uma de terça dai.
Na sexta eu vou estender o período pras duas da manha, acho que é ótimo, dessa forma ainda dá pra dormir até as dez e cumprir minhas oito horas de sono, o mesmo vale pro sábado.
Domingo eu fico on até as dez, onze no máximo.
.
Lembrem-se que essas são as horas daqui de Taiwan, pra saber a hora ai do Brasil é só subtrair doze horas. Tecnicamente é o oposto, agora com horário de verão é o oposto +1.
Por aqui serem doze horas a mais, a minha noite de segunda, por exemplo, é a manhã de segunda dai e minha manhã de terça é a noite de segunda dai, as tarde são as madrugadas e por ai vai.
Se você é ruim de conta o azar eh só seu, aqueles com quem eu me interesso em conversar, família e uma seleta meia duzia de amigos com certeza me acharão.
.
.
.
.
Beijos beijos.
Lucas Casasco, Um Brasileiro em Taiwan.